" Tudo tem um começo modesto" , Marcus Cícero

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Os telemóveis e os homens

Hoje em dia qualquer pessoa tem um telemóvel. Eu disse um? Perdão, dois, três, cinco, dez, os necessários e mais dois.

Fazendo as contas bem feitas, é muito mais fácil encontrar o telemóvel da nossa vida do que o homem da nossa vida:

1- Os telemóveis estão disponíveis num grande número de superfícies comerciais, ao contrário dos homens que primeiro que sejam encontrados (uns de jeito) é quase preciso ir para outro continente;

2- Possuem instruções, o que não acontece no caso dos homens e é portanto necessário adivinhar os seus pensamentos e necessidades;

3-Existem vários modelos todos eles bonitos e elegantes, já os homens...;

4- Os telemóveis não envelhecem mas ficam desactualizados, nesse caso é simples, basta comprar um novo, há sempre drama no caso de se "comprar" um marido novo;

5- Os telemóveis vêem as nossas mensagens e chamadas sem fazer comentários, os homens enchem-se de ciúmes e desconfianças;

6- No caso da memória do telemóvel ficar cheia basta arranjar um novo cartão, não existe forma de um homem arranjar um novo cérebro para se lembrar do nosso aniversário;

7- Os telemóveis relembram-nos de datas importantes e tarefas agendadas, os homens só não perdem a sua própria cabeça porque está agarrada ao corpo;

8- Os telemóveis não se importam que fique a conversar com uma amiga durante 3 horas, os homens sim...;

9- Carrega o seu cartão com quanto dinheiro quiser e quando quiser, com um homem há que gerir o dinheiro conforme ele deseja;

10- Quando um telemóvel cai das escadas poderá partir-se mas raramente avaria de vez, se um homem cai das escadas é provável que fique danificado permanentemente;

11- No caso de um telemóvel vir com defeito poderá ser devolvido à fábrica e trocado por um bom, no caso do homem só se poderá queixar aos seus sogros (o que não irá adiantar nada);

12- Um telemóvel por mais fotografias que tiremos a nós próprias nunca há-de comentar o nosso aspecto exterior, o homem critica-nos por comermos uma bolachinha a mais;

13- Os telemóveis ficam sem bateria mas é apenas necessários colocá-los à carga, os homens se estão sem energia não há nada a fazer;

14- O telemóvel é leve, o homem pesa chumbo;

15- Não conseguimos viver sem o telemóvel, já sem os homens...


Não se chateiem meninos, eu estou só a brincar ;) Se não fossem os homens os telemóveis não existiam. Obrigada, então.

Quais são as três coisas que mais gostas?

Pedi que me fizessem uma pergunta.
"Quais são as três coisas que mais gostas?"

É uma das perguntas que gostaria que não me fizessem porque afinal de contas eu gosto de TANTAS coisas.

Acho que a maior parte das pessoas diria: a minha família, os meus amigos, o meu namorado/ a, o meu cão, gato, rato, leão, girafa, a minha casa, música, dançar, cantar, conduzir, saltar, gritar, rir, fazer bolhas de sabão, ler no sofá, gastar dinheiro em compras desnecessárias, irritar os outros, afiar lápis, contar estrelas, fumar, procurar palavras no dicionário, internet, conhecer alguém através de outra pessoa, trabalhar, juntar os dedos com cola, desligar e ligar electrodomésticos, bater palmas, beijar, beber, beber água, fazer puzzles, ir à praia, correr por correr, cheirar flores, arrumar, falar de uma forma estranha, organizar clips por cores, trocar lâmpadas, fazer colecções, viajar, por de lado as diferenças, levar com almofadas, aleijar-se em objectos que em princípio não seriam capazes de provocar qualquer dano, aceitar o mundo, atender o telefone e ter uma conversa animada com um estranho que se enganou no número, dormir aos fins-de-semana, perguntar a alguém que horas são e passados cinco minutos já não se lembrar das horas, deixar um amor fugir com medo de sofrer, ter filhos e vê-los crescer, levantar cedo só para ver se a essa hora já é de dia, ajudar alguém só porque já estava na hora de o fazer, ir tomar um café para adoçar a amargura da vida, escrever sobre os defeitos de terceiros porque não queremos enfrentar os nossos, rugir aos monstros que se atravessam no caminho, debruçar-se sobre o precipício só para ver o quão fundo é, fingir que se está triste para se ter atenções extra, lembrar os "bons velhos tempos" e ignorar estes tempos bons, deitar a casa abaixo porque é assim que são as verdadeiras festas, rimar por acaso, rir-se consigo próprio, experimentar novas aventuras para conhecer os limites individuais, ganhar para tomar conhecimento do valor pessoal, contar até 3 e respirar fundo, fazer um olhar sedutor, receber uma prenda, ouvir o som das paredes, escutar o coração, sentir a pele quente da pessoa que amamos, congelar ao saber da morte de alguém, ser feliz porque só se pode ser assim.

Um dia fizeram-me uma pergunta à qual poderia dar todas as respostas de todas as pessoas do mundo, mas à qual nunca poderia responder.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Começo

A verdade é essa mesma: tudo tem um começo modesto. Este blog não é excepção.

Hoje, dia 28 de Julho de 2010, decidi criar um blog tão comum como os restantes. Não escolhi o dia por nenhuma razão especial, acredito que foi um acontecimento aleatório, uma vontade repentina.

As ideias começam agora a surgir-me de uma forma mais pausada e quieta. Não sei que fazer com isto.
Para quê dar novas sequências de palavras ao mundo se, provavelmente, elas cairão sobre linhas cegas e desinteressadas? Valerá a pena?
Vamos simplificar os dramas das indecisões até agora obtidos e tomar um novo rumo.

Este será o meu Blog, no qual deixarei escapar as minhas ideias e opiniões (loucas ou não) geradas através de acontecimentos ou apenas devido a uma necessidade pessoal.
Ainda agora comecei e já me estou a achar enfadonha.

Peço desculpa mas as coisas são difíceis de iniciar e o meu consciente ainda hoje não acordou.

Jusqu'à demain.